sábado, 4 de dezembro de 2010

Everytime I close my eyes, I'm not alone.

 Continuo sendo o reflexo da escuridão que deixou ao se recusar a lutar. Continuo presa em um passado perturbador que grita em meus ouvidos toda noite. Continuo com esses pontos não cicatrizados, em que suas mentiras se acomodam e se alimentam da minha sanidade. Continuo me medicando com suas palavras perdidas e ácidas, estando ciente que não vou me curar. Continuo calada enquanto o que eu mais quero é gritar seu nome. Continuo no nosso ponto de partida, enquanto nem parar minha respiração eu posso... Ela não me pertence mais.

domingo, 10 de outubro de 2010

Give me back the girl I used to be.

Eu ando o mais rápido que posso, com o intuito de despistar o passado e ele parar de bater a minha porta. Ele para, mas manda essas flechas que insistem em me acertar, reforçando as cicatrizes que nem o tempo fora capaz de tirá-las. É cansativo me desviar delas, ainda mais quando sei que são sentimentos afiados, que se recusam a sair da minha pele e me deixar em paz. E é um desafio continuar caminhando e mantendo os olhos secos enquanto as tiro sem a anestesia das suas poucas palavras. Às vezes, tento em vão, enterrá-las. De algum jeito, elas cravam em meus pés e me mantém parada e ensandecida. Talvez eu não devesse tentar me livrar delas, elas me lembram de quando eu respirava por vontade própria, de quando eu tinha uma vida a me importar. E o que me resta é tentar decifrar em qual esquina eu a perdi. 

sábado, 2 de outubro de 2010

Everybody's got to breathe somehow.


 Eu detesto a sua risada. Ela é a faca que perfura meus pulmões. Seu olhar gélido consegue domínio no meu cérebro, e eu sinto como se minha alma saísse do meu corpo. Eu consigo assistir o meu próprio fracasso. Eu decorei os movimentos da minha queda. E quando eu chego ao chão, eu finalmente estou de volta. As vezes me encontro a sete palmos do chão, e todo o conjunto que faz de você o meu pior pesadelo, substitui a terra e me mantem ali. Você me enterra viva mais uma vez. Mas você já tornou disso seu hábito, me obrigando a encontrar uma nova maneira de sobreviver. E, digamos, que a vingança substitui perfeitamente o oxigênio que um dia foi necessário. E ela não recorre mais aos meus olhos. E sim aos meus punhos.